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Capítulo 16: Capítulo 16

Página 144

Só Hermengarda abaixou os olhos, e ajoelhou com as mãos erguidas no meio deles, murmurando:

— Não posso! Abandonai-me!

Então o cavaleiro negro, tomando-a pela mão, correu a vista pelas duas alas: no seu gesto havia a mesma expressão imperiosa e sinistra de que se revestira quando em Covadonga embargara a saída de Pelágio.

— Qual de vós ousa tomar nos braços a irmã do duque de Cantábria e conduzi-la por cima do abismo para a outra margem? Qual de vós ousa jurar sobre a cruz da sua espada que sem vacilar o fará?

Houve um momento de silêncio: todos os rostos empalideceram; todos os lábios calaram.

Um alarido de muitas vozes o interrompeu: eram os infiéis, que a meia encosta haviam enxergado os fugitivos e que se atiravam para o vale.

— Não há entre vós um que o ouse? — reperguntou o misterioso guerreiro, fitando o olhar sucessivamente em todos. — Vai seguro o que o tentar. A entrada deste recinto é estreita, e os pagãos antes de chegarem ao Sália passarão por cima do meu cadáver. Direis depois a Pelágio que somente o cavaleiro negro lhe pede, a ele e a sua irmã, algumas lágrimas em memória de um tiufado de Vitiza, que deixou de viver... Chamava-se Eurico... Ele nos tenros anos ainda o conheceu em Tárraco... Fruela, Gudesteu, e tu, Sanción, qual de vós será o mensageiro? qual de vós será o salvador de Hermengarda?

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pág. 144 (Capítulo 16)

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Capa do livro Eurico, o Presbítero
Páginas: 186
Página atual: 144

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 7
Capítulo 4 12
Capítulo 5 18
Capítulo 6 22
Capítulo 7 28
Capítulo 8 32
Capítulo 9 46
Capítulo 10 55
Capítulo 11 63
Capítulo 12 71
Capítulo 13 90
Capítulo 14 105
Capítulo 15 121
Capítulo 16 134
Capítulo 17 148
Capítulo 18 158
Capítulo 19 171
Capítulo 20 176