da altura,
E Senhores da terra e Semideuses…
Vós sois o pó e o nada!
Atroadores! o ruído imenso,
Com que abalais o mundo,
E apenas fracasso e pó e estrépito
De casa que se alui!
III
O espanto, que espalhais, não vos pertence…
Não é a vossa força.
É o tremor do solo, é o presságio
Do grande terramoto!
É o voo da asa poderosa
D’aquela águia cruenta,
Que vos há-de abater, precipitando-vos
Co’a face contra o solo!
É o eco longínquo das revoltas!
É o grande rebate!
É o seio do povo, que concebe
Um feto monstruoso!
É a desilusão! são as escamas
Caindo desses olhos,
Ao ver de perto os ídolos antigos…
E achando-os terra e barro!
O nascer da esperança nesses cérebros,
Que nem dela sabiam!
Modo