estranho de olhar o horizonte,
Ao ver os astros novos!
É a onda, que sobe dos abismos
E põe à luz a coma…
Que abala… mas que vem lavando tudo…
E se chama Justiça!
São as vozes, que o ar pávido escuta,
Que nunca ouvira dantes!
E aos ecos do espaço em vão pergunta
De donde aquilo sobe!
É a Revolução! a mão que parte
Coroas e tiaras!
É a Luz! a Razão! é a Justiça!
É o olho da Verdade!
IV
Quem foi que disse aos povos estas coisas?
Quem foi que disse ao Servo
Que Deus, quando o criou, no seu registo
Lhe pôs o nome de Homem?…
E disse que o viver é lei de todos,
E não só de alguns poucos?
Para tudo beber, o mar? e a terra
Soco da estátua humana?
Qual é a mão intrépida, que arranca
De sobre os olhos