dos altos, das grandezas
Que inda há cem anos adorámos todos?
As verdades, as bíblias, as certezas?
Limites, formas, consagrados modos?
O que temos de eterno e sem enganos,
Deus - não pode durar mais que alguns anos!
Tronos, religiões, impérios, usos…
Oh que nuvens de pó alevantadas!
Castelos de nevoeiro tão confusos!
Ondas umas sobre outras conglobadas!
Que longes que não têm estes abusos
Da forma! Tróias em papel pintadas!
Babilónias de névoa, que uma aragem
Roçando, abala e lança na voragem!
Sobre alicerces d’ar as sociedades
Como sobre uma rocha tem assento…
E os cultos, as crenças, as verdades
Ali crescem, lá têm seu fundamento…
Ó grandes torreões, templos, cidades,
Babéis de orgulho e força… sopre o vento
Sobre os pés