Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 11 / 143

luz do coração

Compõe seu negro filtro - a confusão!

Eis do trabalho secular das raças,

Das dores, dos combates, das confianças,

Quanto resta afinal… cinzas escassas!

O tédio sobre o céu das esperanças

Suas nuvens soprou! E ódios, desgraças,

Desesperos, misérias e vinganças,

Eis a bela seara d’ouro erguida

Do chão, onde ilusões semeia a vida!

Os cultos com fragor rolam partidos;

E em seu altar os deuses cambaleiam;

E dos heróis os ossos esquecidos

Nem um palmo, sequer, do chão se alteiam!

Os nossos Imutáveis ei-los idos

Como as chamas no monte, que se ateiam

Na urze seca e a arage ergue um momento,

E uma hora após são cinza… e leva o vento!

Ó duração de sonhos! fortalezas

De fumo! rochas de ilusão a rodos!

Que é dos santos,





Os capítulos deste livro