Onde os cítisos pálidos rebentam…
Consolações… saudade… e inda esperanças…
Podeis cavar… as minas são bem fundas…
Cava mais fundo ainda… é já o centro
Da terra, aí! Mas onde, ó vós mineiros,
Por mais que profundeis não heis-de uma hora
Chegar jamais… é ao coração…
E, entanto,
É lá a única mina de ouro puro!
VI
O coração! Potosi misterioso!
O grande rio de areais auríferos,
Que vem de umas nascentes ignoradas
Arrastando safiras em cada onda,
E depondo no leito finas pérolas!
O coração! É aí, ricos, a mina
Única digna de enterrar-se a vida,
Cavando sempre ali… Sem ver mais nada…
Foi lá, como na areia o diamante,
Que Deus deixou cair da mão paterna
As esmeraldas do diadema humano…
O Sentimento