A amarra do destino, enfim partida,
Com um grito de dor, que leve o vento
Onde quiser - a morte e o esquecimento!
IV
Mas que alma é a tua então, Homem, se ainda
Podes dormir o sonho da esperança,
Enquanto a mão da crueldade infinda
Teu leito te sacode e te balança?
Que fada amiga, que visão tão linda
Te enlaça e prende na dourada trança,
Que não ouves, não vês o negro bando
Dos lobos em redor de ti uivando?
E persistes na vida… e a vida ingrata
Foge a teus braços trémulos de amante!
E abençoas a Deus… Deus que te mata
Tua esperança e luz, a cada instante!
Que tesouro de fé (que ouro nem prata
Não podem igualar, nem diamante)
É teu peito, que doura as negras lousas…
E crês no céu… e amá-lo ainda ousas?
Passam