Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 17 / 143

A amarra do destino, enfim partida,

Com um grito de dor, que leve o vento

Onde quiser - a morte e o esquecimento!

IV

Mas que alma é a tua então, Homem, se ainda

Podes dormir o sonho da esperança,

Enquanto a mão da crueldade infinda

Teu leito te sacode e te balança?

Que fada amiga, que visão tão linda

Te enlaça e prende na dourada trança,

Que não ouves, não vês o negro bando

Dos lobos em redor de ti uivando?

E persistes na vida… e a vida ingrata

Foge a teus braços trémulos de amante!

E abençoas a Deus… Deus que te mata

Tua esperança e luz, a cada instante!

Que tesouro de fé (que ouro nem prata

Não podem igualar, nem diamante)

É teu peito, que doura as negras lousas…

E crês no céu… e amá-lo ainda ousas?

Passam





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