Tudo tem sua lei onde adormece:
Tudo, que pode olhar, os olhos prega
Nalgum Íris d’amor que lhe alvorece…
Só nós, só nós, a raça triste e cega,
Que a três palmos do chão nem aparece,
Só nós somos delírio e confusão,
Só nós temos por nome turbilhão!
Turbilhão - de Desejos insofridos,
Que o sopro do Impossível precipita!
Turbilhão - de Ideais, lumes erguidos
Em frágil lenho, que onda eterna agita!
Turbilhão - de Nações, heróis feridos
Em tragédia enredada e infinita!
Tropel de Reis sem fé, que se espedaça!
Tropel de deuses vãos, que o nada abraça!
Há nisto quanto baste para morte…
Para fechar os olhos sobre a vida
Eternamente, abandonando à sorte
A palma da vitória dolorida!
Há quanto baste por que já se corte