Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 16 / 143

dorme e sossega:

Tudo tem sua lei onde adormece:

Tudo, que pode olhar, os olhos prega

Nalgum Íris d’amor que lhe alvorece…

Só nós, só nós, a raça triste e cega,

Que a três palmos do chão nem aparece,

Só nós somos delírio e confusão,

Só nós temos por nome turbilhão!

Turbilhão - de Desejos insofridos,

Que o sopro do Impossível precipita!

Turbilhão - de Ideais, lumes erguidos

Em frágil lenho, que onda eterna agita!

Turbilhão - de Nações, heróis feridos

Em tragédia enredada e infinita!

Tropel de Reis sem fé, que se espedaça!

Tropel de deuses vãos, que o nada abraça!

Há nisto quanto baste para morte…

Para fechar os olhos sobre a vida

Eternamente, abandonando à sorte

A palma da vitória dolorida!

Há quanto baste por que já se corte





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