do homem, essa, não se cansa…
Sob o açoute, no circo, no martírio…
E o escravo, sem pão, lar nem cidade,
Crê… sonha um culto, um Deus - a Liberdade!
Flor com sangue regada… e linda e pura!
Olho de cego… que adivinha a aurora!
Oh! mistério do amor! que à formosura
Exceda muito o feio… quando chora!
Vede, ó astros do céu, o que a tortura
Espreme da alma triste, em cada hora…
O Ideal - que em peito escuro medra,
Bem como a flor do musgo sobre a pedra!
Por que se sofre é que se espera… e tanto
Que as dores são os nossos diademas.
O olhar do homem que suplica é santo
Mais que os lumes do céu, divinas gemas.
Desgraças o que são? o que é o pranto?
Se a flor da Fé nas solidões extremas
Brotar, e a crença bafejar a vida…
É nossa, é nossa