e percam-se 
De vista, no horizonte sem limites… 
Dir-se-á que o mar da vida é gota d’água 
Escassa, que nas mãos vos há caído, 
De avara nuvem que fugiu, largando-a… 
Tamanho é o ódio com que a uns e a outros 
A disputais, temendo que não chegue! 
 
Homens! para quem passa, arrebatado 
Na corrente da vida, nessas águas 
Sem limites, sem fundo - há mais perigo 
De se afogar, que de morrer à sede! 
 
De que vale disputar o espaço estreito, 
Que cobre a sombra da árvore da pátria, 
Quando são vossos cinco continentes? 
De que vale apinhar-se junto à fonte 
Que - fininha - brotou por entre as urzes, 
 
Quando há sete mil ondas por cada homem? 
De que vale digladiar por uma fita, 
Que mal cobre um botão, quando estendida 
Deus pôs sobre a cabeça de seus