filhos 
A tenda, de ouro e azul, do firmamento? 
De que vale concentrar-se a vida toda 
Numa paixão apenas, quando o peito 
É tão rico, que basta dar-lhe um toque 
Por que brotem, aos mil, os sentimentos?! 
 
Oh! a vida é um abismo! mas fecundo! 
Mas imenso! tem luz - e luz que cegue, 
Inda a águia de Patmos - e tem sombras 
E tem negrumes, como o antigo Caos: 
Tem harmonias, que parecem sonhos 
De algum anjo dormido; e tem horrores 
Que os nem sonha o delírio! 
 
E imensa a vida, 
Homens! não disputeis um raio escasso 
Que vem daquele sol; a ténue nota, 
Que vos chega daquelas harmonias; 
A penumbra, que escapa àquelas sombras; 
O tremor, que vos vem desses horrores. 
Sol e sombras, horror e harmonias 
De quem é isto, se não é do homem?! 
 
Não