Cada pedra, que cai dos muros lassos
Do trémulo castelo do passado,
Deixa um peito partido, arruinado,
E um coração aberto em dois pedaços!
II
A estrada da vida anda alastrada
De folhas secas e mirradas flores…
Eu não vejo que os céus sejam maiores,
Mas a alma… essa é que eu vejo mais minguada!
Ah! via dolorosa é esta via!
Onde uma Lei terrível nos domina!
Onde é força marchar pela neblina…
Quem só tem olhos para a luz do dia!
Irmãos! irmãos! amemo-nos! é a hora…
É de noite que os tristes se procuram,
E paz e união entre si juram…
Irmãos! irmãos! amemo-nos agora!
E vós, que andais a dores mais afeitos,
Que mais sabeis à Via do Calvário
Os desvios do giro solitário,
E tendes, de sofrer, largos os peitos;