Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 8 / 143

no turbilhão, se agita e espanta!

Também pergunta aonde vai e donde

O traz a tempestade que o quebranta…

E o homem, bago d’água pequenino,

Também tem voz na onda do destino!

Porque os evos, rolando; nos lançaram

Sobre a praia dos tempos, esquecidos,

E, náufragos duma hora, nos deixaram

Postos ao ar, sem tecto e sem vestidos.

Estamos. Mas que ventos nos deitaram

E com que fim, aqui, meio partidos,

Se um Acaso, se Lei nos céus escrita…

Eis o que a mente humana em vão agita!

Ó areias da praia, ó rochas duras,

Que também prisioneiras aqui estais!

Entendeis vós acaso estas escuras

Razões da sorte, surda a nossos ais?

Sabe-las tu, ó mar, que te torturas

No teu cárcere imenso? e, águas, que andais

Em volta aos sorvedouros que vos somem,





Os capítulos deste livro