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Capítulo 26: Capítulo 26

Página 68
– Tenho sede desta água – disse o principezinho. - Dá-me de beber...

E então percebi do que é que ele tinha andado à procura.

Levei-lhe o balde à boca e ele bebeu, de olhos fechados. Tão boa! Aquela água era muito mais do que um alimento. Nascera da caminhada sob as estrelas, do canto da roldana, do esforço dos meus braços. Era boa para o coração, como uma prenda. Como quando eu era pequeno eram as luzes da árvore de Natal, a música da Missa do Galo e a mansidão dos sorrisos que davam o brilho todo à prenda de Natal que eu recebia.

- Os homens da tua terra - disse o principezinho - plantam cinco mil rosas no mesmo jardim... E, mesmo assim, não descobrem aquilo de que andam à procura...

- Pois não descobrem... - respondi eu.

Mas podiam descobrir aquilo de que andam à procura numa única rosa ou num único gole de água.

- Pois era - respondi eu.

E o principezinho acrescentou:

- Mas os olhos são cegos. Deve-se é procurar com o coração.

Eu também bebera. Sentia-me bem a respirar. Ao nascer do dia a areia é da cor do mel. Também essa cor de mel me fazia feliz. Porque é que havia de sofrer...

- Não te esqueças da tua promessa! - disse-me mansamente o principezinho, que se viera sentar outra vez ao pé de mim.

- Qual promessa?

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Capa do livro O Principezinho
Páginas: 78
Página atual: 68

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 5
Capítulo 4 8
Capítulo 5 11
Capítulo 6 15
Capítulo 7 19
Capítulo 8 20
Capítulo 9 24
Capítulo 10 28
Capítulo 11 30
Capítulo 12 35
Capítulo 13 37
Capítulo 14 38
Capítulo 15 42
Capítulo 16 46
Capítulo 17 50
Capítulo 18 51
Capítulo 19 53
Capítulo 20 54
Capítulo 21 55
Capítulo 22 56
Capítulo 23 62
Capítulo 24 63
Capítulo 25 64
Capítulo 26 67
Capítulo 27 70
Capítulo 28 77
Capítulo 29 78