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Capítulo 9: CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO

Página 299

Pondo de parte a questão da fertilidade e esterilidade, em todos os aspectos parece haver uma semelhança geral e íntima na prole das espécies cruzadas, e das variedades cruzadas. Se consideramos as espécies como especialmente criadas e as variedades como produto de leis secundárias, esta semelhança seria um facto espantoso. Mas harmoniza-se perfeitamente com a perspectiva de que não há qualquer distinção essencial entre espécies e variedades.

Resumo do capítulo. - Os primeiros cruzamentos entre formas suficientemente distintas para serem classificadas como espécies e os seus híbridos são muito geral mas não universalmente estéreis. A esterilidade ocorre em todos os graus e é frequentemente tão ligeira que os dois mais cuidadosos experimentalistas que já viveram chegaram a conclusões diametralmente opostas na classificação de formas através deste teste. A esterilidade é inatamente variável nos indivíduos da mesma espécie e eminentemente susceptível a condições favoráveis e desfavoráveis. O grau de esterilidade não acompanha estritamente a afinidade sistemática, mas é regido por diversas leis curiosas e complexas. É geralmente diferente e por vezes amplamente diferente, em cruzamentos recíprocos entre as mesmas duas espécies. O seu grau, num primeiro cruzamento e no híbrido produzido a partir deste cruzamento, nem sempre é igual.

Da mesma maneira que na enxertia de árvores, a capacidade de uma espécie ou variedade para aceitar outra depende de diferenças geralmente desconhecidas nos seus sistemas vegeta ti vos, pelo que no cruzamento, a maior ou menor facilidade de uma espécie em unir-se a outra depende de diferenças desconhecidas nos seus sistemas reprodutivos. Há tanta razão para pensar que as espécies foram especialmente

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pág. 299 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 299

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491