Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 449
Porém, os grandes naturalistas, Milne Edwards e Agassiz, insistiram energicamente que os caracteres embrionários são mais importantes do que quaisquer outros na classificação dos animais; e esta doutrina tem sido muito geralmente admitida como verdadeira. O mesmo facto se verifica nas plantas floríferas, das quais duas principais divisões foram estabelecidas em caracteres derivados do embrião - no número e posição das folhas embrionárias ou cotilédones, e no modo de desenvolvimento da plúmula e da radícula. Na nossa discussão sobre a embriologia, veremos porque tais caracteres são tão valiosos, segundo a perspectiva classificativa que inclui tacitamente a ideia de descendência.

As nossas classificações são amiúde manifestamente influenciadas por cadeias de afinidades. Nada será mais fácil do que definir uma série de caracteres comuns a todas as aves; mas, no caso dos crustáceos, tal definição tem sido até agora considerada impossível. Há crustáceos nos extremos opostos da série, que dificilmente têm um carácter em comum; porém, as espécies em ambos os extremos, por serem manifestamente próximas de outras, estas de outras, e assim sucessivamente, podem ser reconhecidas como inequivocamente pertencentes a esta e a nenhuma outra ordem dos Articulata.

A distribuição geográfica tem sido frequentemente usada na classificação, embora talvez não de uma maneira completamente lógica, mais especialmente em grupos muito vastos de formas intimamente próximas. Temminck insiste na utilidade ou mesmo na necessidade desta prática em certos grupos de aves; e tem sido seguida por muitos entomólogos e botânicos.

Finalmente, no que se refere ao valor comparativo dos vários grupos de espécies, tais como ordens, subordens, famílias, subfamílias e géneros, parecem, pelo menos por enquanto, quase arbitrários.

<< Página Anterior

pág. 449 (Capítulo 14)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 449

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491