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Capítulo 15: CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO

Página 521
Reconhecer-se-á que a acumulação de cada grande formação fossilífera dependeu de uma confluência invulgar de circunstâncias, e a vasta duração dos intervalos vazios entre os estágios sucessivos. Mas seremos capazes de medir com alguma segurança a duração destes intervalos através de uma comparação das formas orgânicas precedentes e sucedâneas. Temos de ser cuidadosos ao tentar correlacionar como estritamente contemporâneas duas formações, que incluem poucas espécies idênticas, através da sucessão geral das suas formas de vida. Como as espécies são produzidas e exterminadas através de causas que agem lentamente e existem ainda, e não por actos milagrosos de criação e por catástrofes; e sendo a mais importante de todas as causas da mudança orgânica quase independente de condições físicas alteradas e talvez mesmo subitamente alteradas, nomeadamente, a relação mútua de organismo para organismo - implicando o aperfeiçoamento de um ser o aperfeiçoamento ou o extermínio de outros; segue-se que a quantidade de mudança orgânica nos fósseis de formações consecutivas provavelmente serve de medida razoável do efectivo intervalo de tempo. Um número de espécies, todavia, mantendo-se num grupo poderia permanecer sem modificação durante um longo período, enquanto neste mesmo período, diversas destas espécies, ao migrar para novas regiões e entrar em competição com companheiros alienígenas, poder-se-iam modificar; pelo que não podemos sobrestimar a exactidão da mudança orgânica como medida do tempo. Durante períodos mais primitivos da história da Terra, quando as formas de vida eram provavelmente em menor número e mais simples, o ritmo de mudança era provavelmente mais lento; e, no primeiro amanhecer da vida, quando pouquíssimas formas com a mais simples estrutura existiam, o ritmo de mudança pode ter sido extremamente lento.

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pág. 521 (Capítulo 15)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 521

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491