Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 1: Capítulo 1

Página 16
Pusemo-nos a remar ao acaso, e trabalhámos assim durante todo o dia e toda a noite seguintes, sem saber o rumo que seguíamos; e qual não foi a nossa surpresa quando, no outro dia, nos encontrámos no mar alto! Em vez de nos aproximarmos da costa, havíamo-nos separado duas léguas pelo menos. Mesmo assim, voltámos para terra, não sem trabalho e algum perigo, porque o vento começava a soprar com força pela manhã e estávamos desfalecidos devido à fome.

Este acontecimento tornou o nosso dono mais cauteloso de futuro. Resolveu servir-se depois da chalupa do buque inglês que tinha apresado e não voltar à pesca sem uma bússola e algumas provisões. Ordenou ao seu carpinteiro, que também era um escravo inglês, que construísse no centro da chalupa um camarote parecido com o de uma barcaça, deixando atrás o espaço suficiente' para dirigir o leme e estender a vela por baixo, a fim ti' poder tomar vento, e à frente o intervalo bastante pura colocar duas ou três pessoas e poder manobrar.

O meu amo saía frequentemente para a pesca com aquela chalupa, e como eu era muito manhoso na apanha do peixe, jamais ia sem mim. Um dia preparou uma saída com dois ou três mouros de alguma distinção para irem com o seu bote a fim de pescarem e divertirem-se. Fez preparativos extraordinários, ordenando que na véspera fossem embarcadas mais provisões do que era costume, e ordenou-me também que as três escopetas estivessem limpas, com a pólvora e o chumbo correspondentes que havia a bordo, pois tinham pensado caçar e pescar.

Preparei tudo conforme os seus desejos, e no dia seguinte aguardava-o na chalupa, perfeitamente limpa, lavada e enfeitada - digna, numa palavra, de receber aqueles hóspedes -, quando vi o meu amo que vinha só para me dizer que os seus convidados tinham adiado a partida para outra altura devido a certos negócios. Mandou-me ao mesmo tempo sair com a chalupa, acompanhado, como de costume pelo mouro e pelo jovem escravo, para lhe arranjar pescado, porque os seus amigos deviam cear com ele, acrescentando que nos apressássemos a regressar assim que tivéssemos apanhado alguma coisa; preparei-me, portanto, para seguir aquelas instruções.

<< Página Anterior

pág. 16 (Capítulo 1)

Página Seguinte >>

Capa do livro Robinson Crusoe
Páginas: 241
Página atual: 16

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 30
Capítulo 3 41
Capítulo 4 53
Capítulo 5 63
Capítulo 6 78
Capítulo 7 91
Capítulo 8 112
Capítulo 9 133
Capítulo 10 167
Capítulo 11 197
Capítulo 12 236