muito mais útil, a antiga ama da família que, depois de ter criado todas as crianças, e visto a última, o vagaroso e muito e demoradamente mimado menino Harry, partir para a escola depois dos seus irmãos, vivia agora no seu deserto quarto de crianças a passajar meias e a fazer curativos a todas as feridas e contusões que tinha a dita de lhe virem parar às mãos - e que, por conseguinte, ficou muito satisfeita por lhe ser permitido ir ajudar a tratar a pobre Miss Louisa. Mrs. Musgrove e Henrietta já tinham sentido antes vagos desejos de enviar Sarah para lá, mas sem Anne a decisão dificilmente teria sido tomada e tornado viável tão depressa.
No dia seguinte, ficaram devedores a Charles Hayter pelo conhecimento minucioso do estado de Louisa, que lhes era tão essencial conhecerem todas as vinte e quatro horas. Ele fez questão de ir a Lyme, e as notícias que trouxe continuavam a ser encorajadoras. Os intervalos de lucidez e consciência pareciam mais intensos. Todas as informações eram unânimes num ponto: o capitão Wentworth parecia ter-se fixado em Lyme.
Anne deveria deixá-los no dia seguinte, perspectiva que todos temiam. «Que fariam sem ela? Eram tão fraco conforto uns para os outros!» Tanto se falou deste modo, que Anne considerou não poder fazer nada melhor do que comunicar-lhes a ideia que fora tomando forma na sua consciência, e persuadi -los a irem todos imediatamente para Lyme. Não foi muito difícil. Em pouco tempo ficou decidido que iriam, que iriam já no dia seguinte, se instalariam na estalagem ou em casa alugada, consoante fosse mais conveniente, e ficariam lá até a querida Louisa poder ser removida. Tinham o dever de poupar alguns transtornos à boa gente com quem ela estava, podiam pelo menos aliviar Mrs. Harville do cuidado dos seus próprios filhos.
