Sangue Azul - Cap. 22: 10 Pág. 249 / 287

Elizabeth sofreu um bocado, durante alguns momentos. Achava que Mrs. Musgrove e todo o seu grupo deviam ser convidados para jantar com eles, mas não podia suportar a ideia de que a diferença de estilo, a redução de criados que um jantar não deixaria de pôr em evidência, fossem testemunhados por aqueles que em Kellynch sempre tinham sido tão inferiores aos Elliot. Foi uma luta travada entre as boas maneiras e a vaidade, mas esta levou a melhor e Elizabeth voltou a sentir-se feliz. Eis o seu raciocínio persuasivo íntimo: «Ideias antiquadas; hospitalidade provinciana; nós não professamos o hábito de oferecer jantares; poucas pessoas em Bath o fazem; Lady Alicia nunca oferece, nem sequer convidou a família da própria irmã embora tivessem estado aqui um mês. E eu estou convencida de que seria muito inconveniente para Mrs. Musgrove, que a embaraçaria. Tenho a certeza de que preferiria não vir, não poderia sentir-se à vontade connosco. Convidarei todos para um serão, isso será muito melhor: será uma novidade e um prazer. Eles nunca viram duas salas como as nossas. Ficarão encantados por vir amanhã à noite. Será uma reunião social normal - pequena, mas muito elegante.» Isso convenceu-a, e quando o convite foi feito aos dois presentes, e declarado extensivo aos ausentes, Mary ficou plenamente satisfeita. Foi especialmente convidada para conhecer Mr. Elliot e ser apresentada a Lady Dalrymple e Miss Carteret, que felizmente já tinham prometido vir, e não poderia ter recebido atenção mais gratificante. Miss Elliot teria a honra de visitar Mrs. Musgrove durante a manhã, e Anne saiu com Charles e Mary, para a irem ver, e a Henrietta, imediatamente.

O seu plano de passar umas horas com Lady Russell tinha de ser adiado, por enquanto. Passaram





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