Amava mais a afilhada do que as suas próprias faculdades, e quando o constrangimento inicial se dissipou, não encontrou grande dificuldade em se afeiçoar como uma mãe ao homem que estava a assegurar a felicidade da sua filha.
De toda a família, Mary talvez tenha sido quem mais depressa se alegrou com o sucedido. Era recomendável ter uma irmã casada, e ela podia gabar-se de ter contribuído muito para a aliança, mantendo Anne consigo no Outono - e como a sua própria irmã tinha de ter uma posição superior à das irmãs do seu marido, não deixava de ser muito agradável o facto de o capitão Wentworth ser mais rico do que o capitão Benwick ou Charles Hayter. Talvez tivesse de sofrer um bocadinho quando voltassem a encontrar-se, por ver Anne reintegrada nos seus direitos de mais velha e dona de uma bonita landaulette; 1 mas enquanto ela tinha à sua frente um futuro muito promissor, não havia no horizonte de Anne nenhum Uppercross-hall, nem bens de raiz, nem a chefia de uma família - e se pudessem evitar que o capitão fosse feito baronete, ela não trocaria a sua situação pela da irmã.
Bom seria se a irmã mais velha estivesse igualmente satisfeita com a sua situação, pois nesse lado não era muito provável que se verificasse uma mudança. Elizabeth não tardou a sofrer a mortificação de ver Mr. Elliot afastar-se, e desde então não apareceu ninguém com as condições apropriadas para despertar, sequer, as infundadas esperanças que se afundaram com ele.
A notícia do noivado da sua prima Anne desabou muito inesperadamente sobre Mr. Elliot. Transtornou o seu melhor plano de felicidade doméstica, a sua melhor esperança de manter Sir Walter solteiro graças à vigilância que os direitos de um genro lhe teriam dado. Mas, apesar de frustrado e decepcionado, pôde mesmo assim fazer alguma coisa em prol do seu próprio interesse e do seu próprio prazer.