Sangue Azul - Cap. 24: 12 Pág. 286 / 287

e estimar devidamente, nada de respeitabilidade, harmonia e boa vontade para oferecer como retribuição de toda dignidade e presteza das boas-vindas que encontrou entre os irmãos e irmãs dele, isso era motivo para uma dor de alma tão intensa quanto lhe era dado experimentar em circunstâncias de grande felicidade em todos os outros aspectos. Tinha apenas duas amigas no mundo para acrescentar à lista dele: Lady Russell e Mrs. Smith. A essas, no entanto, mostrou-se ele muito disposto a afeiçoar-se. Por Lady Russell, não obstante todos os seus anteriores motivos de queixa, sentia agora um apreço que vinha do fundo do seu coração. Embora não fosse obrigado a admitir que estava convencido de que ela tivera razão ao separá-los, no início, estava pronto para dizer quase tudo o mais a favor dela. E quanto a Mrs. Smith, ela possuía direitos de vários tipos que lha recomendaram rápida e permanentemente.

Os bons serviços que prestara recentemente a Anne tinham bastado, só por si, e o casamento deles, em vez de a privar de uma amiga, proporcionou-lhe também um amigo. Ela foi a sua primeira visita depois de terem casado, e o capitão Wentworth, ao encaminhá-la para a recuperação dos bens do marido nas Índias Ocidentais, ao escrever em seu nome e representá-la, e ajudando-a a vencer todas as pequenas dificuldades do caso com a diligência e o esforço de um homem destemido e um amigo determinado, recompensou-a plenamente pelos favores que ela prestara, ou alguma vez tencionara prestar, à sua mulher.

Os prazeres de Mrs. Smith não foram estragados por esta melhoria dos seus rendimentos, por alguns progressos na sua saúde e pela aquisição de tais amigos, de cuja companhia gozava com frequência, pois a sua boa disposição e vivacidade mental nunca





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