- Veja o valor da imaginação - disse Holmes. - É a única qualidade que falta a Gregory. Imaginámos o que poderia ter acontecido, agimos de acordo com a hipótese e eis-nos recompensados. Prossigamos, pois.
Atravessámos o fundo do pântano e caminhámos, durante um quarto de milha, sobre um terreno de turfa dura e seca. Aqui e ali, o solo baixava um declive mas o rasto continuava na nossa frente. Perdemo-lo depois, por cerca de meia milha, para o encontrar de novo já muito perto de Mapleton. Foi Holmes quem primeiro o descobriu, não podendo deixar de se demorar a apontá-lo, com uma expressão de triunfo a iluminar-lhe o rosto. Agora, era também visível o rasto de um homem a par do cavalo.
- O cavalo a princípio devia estar sozinho - observei.
- Perfeitamente; começou por estar só. Olá! O que é isto?
Um duplo rasto descrevia uma curva e tomava a direcção de King's Pyland. Holmes assobiou e ambos nos dispusemos a segui-lo. Ele fixava o caminho mas, a mim, sucedeu-me desviar os olhos e descobrir, com surpresa, os mesmos rastos que voltavam agora na direcção oposta.
- Marque um ponto, Watson - disse Holmes quando lhe chamei a atenção para o facto. - Poupou-nos uma longa caminhada que nos levaria outra vez aos nossos próprios rastos. Vamos pela sua pista.
Não nos tínhamos afastado muito e já o rasto se perdia no pavimento de asfalto que conduzia aos estábulos de Mapleton. Quando chegámos, apareceu, a correr, um criado.