- O senhor vê algum indício?
- A senhora forneceu-me sete. Mas tenho, é claro, que os estudar bem antes de me pronunciar sobre o seu valor.
- Suspeita de alguém?
- De mim próprio.
- Que diz?
- De chegar a conclusões precipitadas.
- Vá então a Londres examinar as suas conclusões.
- O seu conselho é excelente, Miss Harrison - disse Holmes, levantando-se. - Parece-me, Watson, que é o melhor que temos a fazer. Entretanto, não se deixe animar com falsas esperanças, Sr. Phelps. O assunto está muito complicado.
- Esperá-lo-ei ansioso - exclamou o diplomata.
- Voltarei amanhã, no mesmo comboio, embora seja mais provável que o meu relatório venha a ser negativo.
- Deus lhe pague a promessa de vir - disse o nosso cliente. - O facto de saber que se está a fazer alguma coisa dá-me novo alento. A propósito, recebi uma carta de lorde Holdhurst.
- Sim? E o que diz?
- Mostrou-se frio, mas não severo. Estou convencido de que é o meu estado de saúde que o impede de ser agressivo. Frisa que o assunto é da maior importância e acrescenta que nenhum passo será dado em relação ao meu futuro - quer ele dizer, a minha demissão - até que me restabeleça e tenha então uma oportunidade de reparar a minha desgraça.
- Bem, foi razoável e indulgente - disse Holmes, que acrescentou, dirigindo-se a mim: - Vamos, Watson, que temos à nossa frente um dia em cheio.
Sr. Joseph Harrison levou-nos de carro até à estação. Durante o caminho de regresso, no comboio de Portsmouth, Holmes manteve-se mergulhado em profunda meditação e não abriu a boca até passarmos o entroncamento de Clapham.
- É muito agradável entrar em Londres por estas linhas construídas sobre viadutos de modo a poder ver de cima casas como estas.