«- Sr. Pycroft, segundo creio» - disse.
«- Exactamente, senhor» - respondi.
«- Esteve empregado ultimamente na casa Coxon e Woodhouse?
«- Sim, senhor.
«- E agora no quadro de funcionários da Mawson?
«- Perfeitamente.
«- Bem - disse -, o facto é que tenho ouvido algumas histórias realmente extraordinárias a respeito das suas habilidades em questões de finanças. Com certeza que se lembra de Parker, que era o gerente de Coxon? Ele não se cansa de o elogiar.
«- Perfeitamente, e alegra-me ouvir isto. Tenho sido sempre muito hábil no escritório, mas jamais sonhei ser falado na City.
«- O senhor tem boa memória?» - perguntou-me.
«- Bastante clara» - respondi modestamente.
«- Permaneceu em contacto com o mercado enquanto esteve desempregado?
«- Sim. Leio a lista da bolsa todas as manhãs.
«- Facto que mostra uma verdadeira vocação!» - exclamou. «- É a maneira de prosperar. O senhor não me levará a mal se lhe fizer umas perguntas, pois não? Deixe-me ver! Como estão as Aryshires?
«- Cento e cinco a cento e cinco e um quarto.
«- E as consolidadas de Nova Zelândia?
«- Cento e quatro.
«- E as British Broken Hills?
«- Sete, a sete e seis.»
«- Admirável!» - exclamou, erguendo as mãos. «- Está perfeitamente de acordo com tudo o que eu tinha ouvido. Meu rapaz, meu rapaz! Você é bom de mais para escriturário da casa Mawson!»
» Aquela exclamação muito me espantou, como o senhor pode imaginar.
«- Bem - disse-lhe eu -, há pessoas que não pensam tão bem de mim como o senhor parece pensar, Sr. Pinner. Eu lutei muito para arranjar esta colocação e estou muito contente com ela.
«- Qual quê, homem, você deve subir muito mais. Não está na sua verdadeira esfera.
