O Mundo Perdido - Cap. 10: Capítulo 10 Pág. 122 / 286

Por cima das nossas cabeças, cercado por sombras escuras, desenhava-se um halo de trevas mais profundas: seguramente só podia tratar-se da abertura de uma caverna.

Neste local, a base do escarpamento era constituída por pedras sobrepostas. Não foi difícil escalá-las. Quando chegámos ao cimo, desapareceu toda e qualquer hesitação dos nossos espíritos: não só existia uma abertura na rocha mas achava-se desenhada ao lado uma nova seta. O segredo ali estava; fora lá que Maple White e o seu infortunado companheiro haviam conseguido realizar a ascensão.

Sentíamo-nos demasiado excitados para regressar ao acampamento. Tínhamos de efectuar a nossa primeira exploração já de seguida! Lorde John possuía uma tocha eléctrica no seu saco; avançou, deslocando o pequeno círculo de luz amarela à sua frente; seguíamos atrás dele em fila indiana.

A caverna tinha sofrido a erosão da água; as paredes estavam lisas, o solo coberto de pedras arredondadas. Não era elevada: apenas a altura e um homem sob a abóbada. Durante uns cinquenta metros, prosseguiu em linha recta no rochedo, depois tomou uma inclinação de 45º para cima. Quanto mais trepávamos, mais a encosta se tornava dura; em breve nos pusemos de gatas no cascalho que se desfazia e deslizava sob os nossos corpos. Mas uma exclamação de Lorde John Roxton ecoou na caverna:

- Está fechada!

Agrupados atrás dele, avistámos no campo amarelo da sua tocha um muro de basalto quebrado que se erguia até ao tecto.

- O tecto caiu!





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