«Quando o Professor Summerlee se levantou, rebentou uma ovação formidável em todas as filas e repetiu-se várias vezes com um entusiasmo raramente igualado nesta sala. Não publicaremos a sua comunicação in extenso nas nossas colunas pela simples razão de que um relato completo de todas as aventuras da expedição será inserido em suplemento sob a assinatura do nosso enviado especial e particular à America do Sul. Limitar-nos-emos, por agora, a algumas indicações. O Professor Summerlee começou por descrever a génese da viagem e por pagar um forte tributo ao seu amigo o Professor Challenger; fez-se o intérprete das desculpas concernentes à incredulidade com que tinham sido acolhidas as afirmações do Professor Challenger, hoje plenamente verificadas; traçou em seguida o curso da viagem, evitando dar as precisões capazes de permitir localizar pelo público aquele planalto extraordinário. Após ter descrito, em termos gerais, o seu circuito desde o rio principal até à sua chegada ao sopé dos escarpamentos, cativou os auditores com a narrativa das dificuldades encontradas pela expedição para escalar esses escarpamentos e, finalmente contou como o haviam conseguido, num supremo esforço que custou a vida a dois dos seus devotados servidores mestiços ... »
( Esta surpreendente narração do caso correspondia ao desejo de Summerlee de não provocar nenhuma disputa durante a reunião.)
«…Tendo, assim, conduzido pela imaginação a sua assistência até ao cimo do planalto e tendo-a abandonado ali após a queda da ponte, o professor começou a descrever, ao mesmo tempo, os horrores e os atractivos daquela terra notável.
