O Mundo Perdido - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 276 / 286

Embora seja necessário um esforço voluntário de apagamento próprio para descer até ao nível mental deste indivíduo, consinto em tentá-lo, nem que seja para dissipar as dúvidas razoáveis que poderiam nascer nalguns espíritos. (Risos e interrupções.) Não necessito de recordar a esta assistência que, embora o Professor Summerlee, na qualidade de presidente da comissão de inquérito, tenha sido designado para falar esta noite, eu é que sou o verdadeiro animador do caso e que é, sobretudo, na minha conta que deve ser inscrito qualquer resultado positivo. Conduzi a bom porto estes três cavalheiros e convenci-os, tal como puderam avaliar, da veracidade do meu primeiro relatório. Tínhamos esperado descobrir no nosso regresso que ninguém seria obtuso ao ponto de discutir as nossas conclusões comuns. Advertido, contudo, por uma experiência precedente, não regressei sem as provas capazes de convencer qualquer indivíduo dotado de razão. Como explicou o Professor Summerlee, as nossas máquinas fotográficas foram partidas pelos homens-macacos que saquearam o nosso acampamento, e a maior parte dos negativos, destruídos...»

(Assuadas, risos e "Fale de outra coisa!", vindos do fundo da sala.)

«...Evoquei os homens-macacos, mas não posso deixar de dizer que alguns dos ruídos que me fazem cócegas nos ouvidos me trazem vigorosamente à memória certas experiências que vivi com essas interessantes criaturas. (Risos.) A despeito da destruição de negativos inestimáveis, sobrou na nossa colecção um certo número de fotografias corroborativas que mostram algumas das condições de vida no planalto.





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