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Capítulo 14: 7 - A Conclusão

Página 125
Podia ter sido uma ofensa particular, e não política, que exigira uma vingança tão metódica. Quando foi descoberta a inscrição na parede, senti-me mais inclinado do que nunca a aceitar o meu raciocínio. Evidentemente que o caso era difícil. Quando o anel foi encontrado, contudo, resolveu a questão. Era óbvio que o assassino se servira dele para obrigar a vítima a lembrar-se de alguma pessoa morta ou ausente. Foi nessa altura que perguntei a Gregson se pedira informações no telegrama que enviara para Cleveland sobre algum momento particular na actividade de Drebber no passado. Ele respondeu, lembra-se, na negativa.

»Então tratei de fazer uma investigação minuciosa da sala, que confirmou a minha opinião sobre a altura do assassino e me forneceu os pormenores adicionais sobre o charuto Trichinopoly e o comprimento das unhas dele. Eu já chegara a essa conclusão, uma vez que não havia sinais de luta; que o sangue, que cobria o soalho, jorrara do nariz do assassino, com a excitação. Pude ver que as marcas de sangue coincidiam com as pegadas. É raro que algum homem tenha assim uma hemorragia por causa da emoção, a não ser que seja muito forte, por isso aventei a hipótese de que o homem talvez fosse robusto e corado. Os acontecimentos provaram que estava certo.

»Tendo saído de casa, tratei de fazer o que Gregson negligenciara. Telegrafei ao chefe da polícia de Cleveland, circunscrevendo a minha investigação aos factos relacionados com o casamento de Enoch Drebber. A resposta foi convincente. Dizia que Drebber já tinha solicitado a protecção da lei contra um antigo rival apaixonado de nome Jefferson Hope e que este mesmo Hope estava presentemente na Europa. Nessa altura compreendi que tinha a chave para o mistério e que tudo o que havia a fazer era apanhar o assassino.

»Já decidira que o homem que entrara na casa com Drebber não era outro senão o homem que conduzira o cabriolé. As marcas na rua mostraram-me que o cavalo andara de um lado para o outro de uma maneira que não teria sido possível se alguém estivesse a tomar conta dele.

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pág. 125 (Capítulo 14)

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Capa do livro Um Estudo em Escarlate
Páginas: 127
Página atual: 125

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Primeira Parte: 1 - O Sr. Sherlock Holmes 1
2 - A Ciência da Dedução 10
3 - O Mistério de Lauriston Gardens 21
4 - O que John Rance Tinha para Contar 32
5 - O Nosso Anúncio Traz um Visitante 39
6 - Tobias Gregson Mostra o que Sabe Fazer 46
7 - Luz na Escuridão 55
Segunda Parte: 1 - Na Imensa Planície de Alcali 65
2 - A Flor de Utá 76
3 - John Ferrier Fala com o Profeta 84
4 - Uma Fuga para Salvar a Própria Vida 90
5 - Os Anjos Vingadores 100
6 - Uma Continuação das Memórias do Dr. John Watson 110
7 - A Conclusão 122