luz do coração
Compõe seu negro filtro - a confusão!
Eis do trabalho secular das raças,
Das dores, dos combates, das confianças,
Quanto resta afinal… cinzas escassas!
O tédio sobre o céu das esperanças
Suas nuvens soprou! E ódios, desgraças,
Desesperos, misérias e vinganças,
Eis a bela seara d’ouro erguida
Do chão, onde ilusões semeia a vida!
Os cultos com fragor rolam partidos;
E em seu altar os deuses cambaleiam;
E dos heróis os ossos esquecidos
Nem um palmo, sequer, do chão se alteiam!
Os nossos Imutáveis ei-los idos
Como as chamas no monte, que se ateiam
Na urze seca e a arage ergue um momento,
E uma hora após são cinza… e leva o vento!
Ó duração de sonhos! fortalezas
De fumo! rochas de ilusão a rodos!
Que é dos santos,