Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 19 / 143

do homem, essa, não se cansa…

Sob o açoute, no circo, no martírio…

E o escravo, sem pão, lar nem cidade,

Crê… sonha um culto, um Deus - a Liberdade!

Flor com sangue regada… e linda e pura!

Olho de cego… que adivinha a aurora!

Oh! mistério do amor! que à formosura

Exceda muito o feio… quando chora!

Vede, ó astros do céu, o que a tortura

Espreme da alma triste, em cada hora…

O Ideal - que em peito escuro medra,

Bem como a flor do musgo sobre a pedra!

Por que se sofre é que se espera… e tanto

Que as dores são os nossos diademas.

O olhar do homem que suplica é santo

Mais que os lumes do céu, divinas gemas.

Desgraças o que são? o que é o pranto?

Se a flor da Fé nas solidões extremas

Brotar, e a crença bafejar a vida…

É nossa, é nossa





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