Odes Modernas - Cap. 5: CAPÍTULO V – VIDA Pág. 52 / 143

E frutos aos milhões - estrelas, astros,

Formas e criações que nem se sonham -

Mas só onde seus ramos se mergulham

No espírito vital do infinito,

Só onde o ar puríssimo do Belo

Lhe beija as franças últimas - somente

Lá se abre o lírio augusto, o lírio único,

A flor dos mundos, que se chama Vida!

Inundação de crenças… e dilúvio

De dúvidas fatais! hino de glórias…

E rugido feroz! Se és fera, toma

A parte dos rugidos - e, se és homem,

Ergue ao céu tua face, e entoa os hinos!

Se há valor em teu peito, corta as águas,

Nadando, desse mar de infindas dúvidas:

Ergue-te, luta, arqueja, precipita-te,

Deixa as ondas lavar-te o corpo, ou dar-te

A pancada da morte - mas sê homem!

Sê grande sempre! e, ou Satã ou Anjo,

Blasfema ou exulta… mas





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