Odes Modernas - Cap. 12: CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA Pág. 72 / 143

CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA

(Ao SR. J. P. OLIVEIRA MARTINS)

I

Não sei que pé, na estrada do Infinito,

Vai andando, não sei! mas as Cidades

E os Templos e, nos altos minaretes,

A Meia-Lua, e a Cruz nas altas torres,

E os Castelos antigos e os Palácios,

- Tudo quanto aí estava edificado

E assente como a rocha sobre o monte

- Tudo sente pavor e se perturba

E sem tremor pressago de ruína

E se escurece e teme…

Das alturas

Do passado, olha o abismo do futuro

E, vendo-o a vez primeira tão cavado,

Tão lívido por baixo e, por instantes,

Cortado de relâmpagos… anseia

E tem vertigens de atirar-se ao pego!

A ossada das Babéis do mundo antigo

Gemeu - e viu-se então esse esqueleto,

À luz de incêndio estranho, conchegando,





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