Odes Modernas - Cap. 26: CAPÍTULO XVI – POBRES Pág. 128 / 143

Que, em verdade, não há para cobrir-nos

A alma de mistério e de saudade

Gaze nenhuma assim! Vede, opulentos,

Como Deus, com olhar de amor, as veste

A elas, de uma luz de aurora mística,

De poesia, de unção e mais beleza

Que o véu tecido com o velo de ouro!

Os vossos cofres têm tesouros, certo,

Que um rei os invejara… Mas eu tenho

Às vezes visto o infante, em seio amado

De mãe, dormir coberto de um sorriso,

Tão guardado do mundo como a pérola

No fundo do seu golfo… e sei, o ricos,

Que aquele abrigo aonde a mãe o fecha

- Entre braços e seio - é precioso,

Cerra um tesouro de mais alto preço

Que os tesouros que encerram vossos cofres!

III

Levitas do MILHÃO! o vosso culto

Pode ter brilhos e esplendor e pompas…

Arrastar-se





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