Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 18 / 143

às vezes umas luzes vagas

No meio desta noite tenebrosa…

Na longa praia, entre o rugir das vagas,

Transparece uma forma luminosa…

A alma inclina-se, então, por sobre as fragas,

A espreitar essa aurora duvidosa…

Se é dum mundo melhor a profecia,

Ou apenas das ondas a ardentia.

Sai do cadinho horrível das torturas,

Onde se estorce e luta a alma humana,

Uma voz que atravessa essas alturas

Com voo d’águia e força soberana!

O que há-de ser? que verbo de amarguras?

Que blasfémia a essa sorte desumana?

Que grito d’ódio e sede de vingança?…

Uma benção a Deus! uma esperança!

Rasga d’entre os tormentos a esperança…

Dos corações partidos nasce um lírio…

Ó vitória do Amor, da confiança,

Sobre a Dor, que se estorce em seu delírio!…

A mente





Os capítulos deste livro