Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 22 / 143

Que se veja afinal quanto guardava

Para o resgate desta raça escrava!

Escrava? escrava que já parte os ferros!

Eu creio no destino das nações:

Não se fez para dor, para desterros,

Esta ânsia que nos ergue os corações!

Hão-de ter fim um dia tantos erros!

E do ninho das velhas ilusões

Ver-se-á, com pasmo, erguer-se à imensidade

A águia esplêndida e augusta da Verdade!

VI

Se um dia chegaremos, nós, sedentos,

A essa praia do eterno mar-oceano,

Onde lavem seu corpo os pustulentos,

E farte a sede, enfim, o peito humano?

Oh! diz-me o coração que estes tormentos

Chegarão a acabar: e o nosso engano,

Desfeito como nuvem que desanda,

Deixará ver o céu de banda a banda!

Felizes os que choram! alguma hora

Seus prantos secarão





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