Odes Modernas - Cap. 2: CAPÍTULO II - À HISTÓRIA Pág. 21 / 143

há já fonte, nesse chão, que jorre

Senão lágrimas, dor, e desventura…

O último lírio, a Fé, secou-se… morre!…

Se não é esta a hora da ventura,

Do resgate final dos padecentes,

Por que esperais então, céus inclementes?

Sim! por que é que esperais? Tem-se sofrido,

Temos sofrido muito, muito! e agora

Desceu o fel ao coração descrido,

Vem já bem perto nossa extrema hora…

Abale-se o universo comovido!

Deixe o céu radiar a nova aurora!

Que os peitos soltem o seu longo enfim!

E o olhar de Deus na terra escreva: Fim!

Fim desta provação, fim do tormento,

Mas da verdade, mas do bem, começo!

Erga-se o homem, atirando ao vento

O antigo Mal, com trágico arremesso!

Na nossa tenda tome Deus assento,

Mostre seus cofres, seus corais de preço,





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