O AntiCristo - Cap. 25: Capítulo 25 Pág. 36 / 117

Os judeus são exatamente o oposto dos decadentes: simplesmente foram forçados se mostrar com esse disfarce, e com um grau de habilidade próximo ao non plus ultra (algo inexcedível, que não se ultrapassa) do gênio histriônico conseguiram se colocar à frente de todos os movimentos decadentes (— por exemplo, o cristianismo de Paulo —), e assim fazerem-se algo mais forte que qualquer partido de afirmação da vida. Para o tipo de homens que aspiram ao poder no judaísmo e no cristianismo — em outras palavras, a classe sacerdotal — a decadência não é senão um meio. Homens desse tipo têm um interesse vital em tornar a humanidade enferma, em confundir os valores de “bom” e “mau”, “verdadeiro” e “falso” de uma maneira que não é apenas perigosa à vida, mas que também a falsifica.





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