No entanto, sentia-se sufocar dentro dos estreitos limites do jornalismo e em breve teve necessidade de publicar um livro, uma obra! Compilou então uma Estatística Geral do Cantão de Yonville, Seguida de Observações Climatolôgicas, e a estatística serviu para o levar à filosofia. Preocupou-se com as grandes questões: problema social, moralização das classes pobres, piscicultura, borracha, caminhos de ferro, etc. Chegou a corar por ser um simples burguês. Afectava a moda artística, fumava! Comprou duas estatuetas estilo Pompadour para a decoração da sua sala.
Não abandonava de modo nenhum a farmácia; pelo contrário! Mantinha-se ao corrente das descobertas. Acompanhava o grande movimento dos chocolates. Foi o primeiro a mandar vir do Sena Inferior cocoa e revalenta. Deixou-se entusiasmar pelas cadeias hidroeléctricas Pulvermacher; ele próprio usava uma; e, à noite, quando despia o seu colete de flanela, a Sr. Homais ficava deslumbrada diante da espiral de ouro que o cobria, e sentia redobrarem-se-lhe os ardores por aquele homem mais ligado que um cita e esplêndido como um mago.
Teve excelentes ideias para o túmulo de Emma. Primeiramente propôs uma coluna truncada, vestida com roupagens, depois uma pirâmide, depois um templo de Vesta, uma espécie de pavilhão circular... ou então «um montão de ruínas». E em todos os planos não dispensava a presença de um chorão, que considerava o símbolo obrigatório da tristeza.
Charles e ele fizeram juntos uma viagem a Ruão, para ver túmulos na oficina de um cantoneiro de sepulturas, acompanhados por um artista pintor, um tal Vaufrylard, amigo de Bridoux, e que, durante todo o tempo, esteve a fazer trocadilhos.