O Mundo Perdido - Cap. 10: Capítulo 10 Pág. 137 / 286

Quando estiver prestes a morrer, Lorde Roxton, pense em Lopez, que matou à cinco anos no Putomayo. Sou irmão dele e, aconteça o que acontecer, morrerei contente porque terei vingado a sua memória!

Dirigiu-nos um furioso sinal com a mão e depois quedou-se tranquilo.

Se o mestiço tivesse simplesmente cumprido a sua vingança e depois fugido, ter-lhe-ia sem dúvida sobrevivido; foi o louco e irresistível pendor latino para o drama espectacular que o perdeu. Roxton, a quem três países tinham dado o nome de Flagelo de Deus, não era homem para aceitar que se rissem dele. O mestiço ia a descer o outro lado do piso rochoso mas, antes de ter podido atingir o solo, Lorde John cor~ ao longo do planalto até Gomez ficar ao alcance da sua espingarda. Um estalido seco precedeu um uivo, depois a queda de m corpo ferido de morte. Roxton voltou para junto de nós; o seu ro o tinha a dureza do granito.

- Foi um néscio cego! - disse com amargura. - Foi a minha estupidez causa disto. Deveria ter-me lembrado que esta gente tem a memória comprida para tudo quanto respeita às inimizades do sangue. Deveria ter-me mantido vigilante!

- E o outro? Eram precisos dois para fazer cair a árvore no abismo.

- Teria podido abatê-lo, mas deixei-o ir. Talvez não tenha tomado parte nesta armadilha. Talvez fosse melhor que eu o tivesse morto também, porque deu, sem dúvida, uma ajuda...





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