O Mundo Perdido - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 148 / 286

De súbito, Lorde John, que caminhava à cabeça, parou.

- Reparem! - disse - Não há dúvida possível: deve ser o antepassado de todos os pássaros!

Uma enorme marca de três dedos grandes do pé tinha escavado a lama. Fosse qual fosse aquele animal, havia atravessado o pântano e prosseguira a sua rota para a floresta. Fizemos um alto para observar bem este rasto formidável. Se fosse uma ave (e que outro animal teria deixado um rasto daqueles?), aquela pata, comparada com a de uma avestruz, indicava que a sua altura total devia ultrapassar largamente a desse animal. Lorde John inspeccionou prontamente os arredores com um olhar vigilante, e meteu dois cartuxos na espingarda para elefantes.

- Apostaria a minha reputação - disse - em como se trata de uma marca fresca. Não há mais de dez minutos que este animal passou por aqui. Vejam como a água ainda ressuma neste rasto mais profundo! Meu Deus! Olhem: está aqui o rasto de um mais pequeno!

Não menos seguramente, outras marcas mais pequenas, apresentando o mesmo aspecto geral, corriam em paralelo com as maiores.

- Mas o que é que o senhor diz a isto? - gritou o Professor Summerlee apontando triunfalmente para o que parecia a marca muito larga de uma mão humana com cinco dedos, no meio das marcas com três dedos.

- Reconheço-o! - exclamou Challenger, extasiado. - Vi-o nas argilas antigas. É um animal que se mantém de pé e que caminha com patas de três dedos; acontece-lhe assentar no solo uma das patas anteriores com cinco dedos. Não é uma ave, meu caro Roxton! Não é uma ave!





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