O Mundo Perdido - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 178 / 286

No bordo de um deles rebrilhava uma coisa branca, mas não soube mais nada. Sentei-me o mais confortavelmente possível a traçar o mapa da região, mas em breve, por ter desaparecido o Sol, fez muito escuro e os pormenores desvaneceram-se. Então desci até junto dos meus companheiros que me aguardavam impacientemente em baixo da grande árvore de especiarias. Ao menos desta vez eu era o herói da expedição. Fora eu só a ter aquela ideia e eu só a executá-la. E trazia um mapa que nos pouparia um mês de pesquisas às cegas no meio de perigos desconhecidos. Todos me apertaram calorosa e seriamente a mão. Mas antes de entrar nas minúcias topográficas, contei-lhes o meu encontro com o homem-macaco nos ramos.

- E havia já muito tempo que ele estava lá! - acrescentei.

- Como sabe isso? - interrogou Lorde John.

- Tive sempre a sensação de que algo malévolo nos espiava. E disse-o ao senhor, Professor Challenger.

- O nosso jovem amigo falou-me efectivamente nesse sentido.

E ele é igualmente aquele de nós que possui o temperamento de celta, tão aberto a tais impressões.

- Toda a teoria da telepatia... - começou Summerlee por detrás do seu cachimbo.

- .,.É demasiadamente vasta para que a discutamos agora! - interrompeu Challenger com decisão. - Diga-me - acrescentou com o tom de um bispo que interroga uma criança acerca do catecismo -, pôde notar se essa criatura cruzava o polegar por cima da palma das mãos?

- Vi bem que não!

- Tinha uma cauda?

- Não.





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