O Mundo Perdido - Cap. 14: Capítulo 14 Pág. 220 / 286

- O nosso jovem amigo sabe onde eles habitam. Penso que fica a uma boa distância?

- Pouco mais ou menos trinta e cinco quilómetros. Summerlee soltou um gemido.

- Pela minha parte, nunca poderei lá chegar. Aliás apercebo-me de que esses brutos ainda andam no nosso encalço.

Com efeito, do fundo dos bosques brotou o grito dos homens-macacos. Os índios puseram-se de pé muito trémulos.

- Temos de partir, e depressa! - ordenou Lorde John. - Você, bebé, vai ajudar Summerlee. Os índios levarão as nossas provisões. Vamos, fujamos antes de sermos vistos!

Em menos de meia hora tínhamos alcançado o nosso refúgio no meio dos matagais e aí nos dissimulámos. Durante todo o dia ouvimos os gritos excitados dos homens-macacos; esses gritos provinham da direcção do nosso antigo acampamento; mas ninguém nos detectou e passámos a noite a dormir profundamente: vermelhos ou brancos, encontrávamo-nos esgotados. À noite, estava eu em vias de dormitar quando me senti puxado pela manga; era Challenger, ajoelhado junto de mim.

- Tem mantido um diário dos acontecimentos e tenciona firmemente publicá-lo, não é verdade, Mr. Malone? - perguntou-me com ar solene.

- Apenas estou aqui na qualidade de jornalista - respondi.

- Muito bem! Pôde ouvir algumas observações muito parvas de Lorde Roxton, e que pareciam concluir por não sei que ... parecença? - Sim, ouvi-as.





Os capítulos deste livro