No árido chão da esperança humana
Mais não nasça que a urze da mentira…
Que o mistério da vida a nossos olhos
Se torne dia a dia mais escuro,
E no muro de bronze do Destino
Se quebre a fronte - sem que ceda o muro…
Que o pensamento seja só orgulho,
E a ciência um sarcasmo da verdade,
E nosso coração louco vidente,
E nossas esperanças só vaidade…
E nossa luta, vã! talvez que o seja!
Cego andará o homem cada vez
Que vê no céu um astro! e os passos dele
Errados pelo mundo irão, talvez!
Mas, ó vós que pregais descanso inerte
No seio maternal da ignorância,
E condenais a luta, e dais ao homem
Por seu consolo o dormitar da infância;
Apóstolos da crença… na inércia…
Vós que tendes da Fé o ministério
E sois reveladores,