A Origem das Espécies - Cap. 5: CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL Pág. 134 / 524

14 à décima quarta milésima geração, terão provavelmente herdado algumas das mesmas vantagens: foram também modificados e diversamente aperfeiçoados em cada fase de descendência, de maneira a adaptarem-se a muitos espaços relacionados na economia natural da sua região. Parece-me, portanto, extremamente provável que tenham desalojado e exterminado não só as suas antecessoras, A e I, como também algumas das espécies originais, que eram mais intimamente próximas às suas antecessoras. Por essa razão, pouquíssimas espécies originais terão deixado prole à décima quarta milésima geração. Podemos supor que apenas uma, F, das duas espécies menos intimamente próximas às outras nove espécies originais deixou descendentes a esta fase tardia da descendência.

As espécies novas no nosso diagrama que descendem das 11 espécies originais serão agora em número de 15. Devido à tendência divergente da selecção natural, a quantidade extrema de diferença de carácter entre as espécies a14 e z14 será muito maior do que entre as mais diferentes das 11 espécies originais. As espécies novas, além disso, serão próximas umas às outras de uma maneira muito diferente. Das oito descendentes de A assinaladas na árvore, a14, q14, p14, terão parentesco próximo por serem ramificações recentes de a10; as descendentes b14 e f14, por terem divergido de a5 num período anterior, tornar-se-ão em certo grau distintas das três primeiras espécies nomeadas; e, por fim, o14, e14 e m14 serão quase aparentadas uma à outra, mas, por terem divergido no início do processo de modificação, serão muito diferentes das outras cinco espécies e podem constituir um subgénero ou mesmo um género distinto.





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