Entretanto avançavam pelo meio de duas filas uns senhores que, com passo vagaroso, iam examinando cada animal e depois se consultavam uns aos outros em voz baixa. Um deles, que parecia mais importante, ia tomando notas num caderno enquanto andava. Era o presidente do júri: o Sr. Derozerays de La Panville. Assim que reconheceu Rodolphe, avançou rapidamente para ele e disse-lhe, sorrindo com um ar amável:
- Com que então, Sr. Boulanger, assim nos abandona?
Rodolphe respondeu que já lá ia. Mas, logo que o presidente desapareceu, acrescentou:
- Não, palavra de honra que não vou; para mim, a sua companhia vale mais do que a deles.
E, mesmo a fazer troça dos comícios, Rodolphe, para circular mais à vontade, ia mostrando ao polícia o seu cartão azul e parava, uma vez por outra, diante de um belo exemplar, que a Sr.a Bovary não apreciava nada. Dando-se conta disso, pôs-se então a dizer piadas a propósito das damas de Yonville e da sua toilette; depois desculpou-se pela maneira como ele próprio estava vestido.