Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 
> > > Página 35

Capítulo 11: CAPÍTULO XI - História da velha

Página 35
Por fim, vi minha mãe e todas as minhas italianas despedaçadas, retalhadas, massacradas pelos monstros que as disputavam. Os cativos, meus companheiros, os que os tinham tomado, soldados, marinheiros, negros, mestiços, brancos, mulatos e, enfim, o meu capitão, tudo foi morto, e eu fiquei moribunda sobre um monte de cadáveres. Cenas semelhantes se passavam ao mesmo tempo, como se sabe, numa extensão de mais de trezentas léguas, sem que deixassem de ser feitas diariamente as cinco orações prescritas por Maomet.

«Libertei-me com muita dificuldade do monte de cadáveres ensanguentados e arrastei-me para baixo de uma grande laranjeira que havia junto de um regato próximo, onde me deixei cair, cheia de terror, de fadiga, de horror, de desespero e de fome. Em breve os meus sentidos esgotados mergulharam num sono que tinha mais de desmaio que de repouso. Estava neste estado de fraqueza e insensibilidade, entre a vida e a morte, quando me senti cingida por qualquer coisa que se agitava sobre o meu corpo. Abri os olhos e vi um homem branco e de bom aspecto que suspirava e dizia entre dentes: O che sciagura d'essere senza c...!

<< Página Anterior

pág. 35 (Capítulo 11)

Página Seguinte >>

Capa do livro Cândido
Páginas: 118
Página atual: 35

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO I - Como Cândido foi educado num belo castelo e porque dele foi expulso 1
CAPÍTULO II - O que aconteceu a Cândido entre os Búlgaros 4
CAPÍTULO III - Como Cândido se livrou dos Búlgaros e o que lhe aconteceu 7
CAPÍTULO IV - Como Cândido encontrou o seu antigo mestre de filosofia, o Dr. Pangloss, e o que lhe aconteceu 10
CAPÍTULO V - Tempestade, naufrágio, tremor de terra, e o que aconteceu ao Dr. Pangloss, a Cândido e ao anabaptista Tiago 14
CAPÍTULO VI - Como se fez um belo auto-de-fé para impedir os tremores de terra e como Cândido foi açoitado 18
CAPÍTULO VII - Como uma velha cuidou de Cândido e ele encontrou aquela que amava 20
CAPÍTULO VIII - História de Cunegundes 23
CAPÍTULO IX - O que aconteceu a Cunegundes, a Cândido, ao inquisidor-mor e ao judeu 27
CAPÍTULO X - Em que angústia Cândido, Cunegundes e a velha chegam a Cádis e como embarcaram 29
CAPÍTULO XI - História da velha 32
CAPÍTULO XII - Continuação da história das desgraças da velha 36
CAPÍTULO XIII - Como Cândido foi obrigado a separar-se da bela Cunegundes e da velha 40
CAPÍTULO XIV - Como Cândido e Cacambo foram recebidos entre os jesuítas do Paraguai 43
CAPÍTULO XV - Como Cândido matou o irmão da sua querida Cunegundes 47
CAPÍTULO XVI - O que aconteceu aos dois viajantes com duas raparigas, dois macacos e os selvagens chamados Orelhões 50
CAPÍTULO XVII - Chegada de Cândido e do seu criado ao país do Eldorado e o que aí Viram 54
CAPÍTULO XVIII - O que viram no país do Eldorado 58
CAPÍTULO XIX - O que lhes aconteceu em Suriname e como Cândido conheceu Martin 64
CAPÍTULO XX - O que aconteceu no mar a Cândido e a Martin 70
CAPÍTULO XXI - Cândido e Martin aproximam-se das costas de França e filosofam 73
CAPÍTULO XXII - O que aconteceu em França a Cândido e a Martin 75
CAPÍTULO XXIII - Cândido e Martin dirigem-se para as costas de Inglaterra e o que por lá vêem 87
CAPÍTULO XXIV - De Paquette e do Irmão Giroflée 89
CAPÍTULO XXV - Visita ao Sr. Pococuranté, nobre veneziano 94
CAPÍTULO XXVI - De uma ceia que Cândido e Martin tiveram com seis estrangeiros e quem eles eram 100
CAPÍTULO XXVII - Viagem de Cândido para Constantinopla 104
CAPÍTULO XXVIII - O que aconteceu a Cândido, Cunegundes, Pangloss, Martin, etc. 108
CAPÍTULO XXIX - Como Cândido reencontrou Cunegundes e a velha 111
CAPÍTULO XXX – Conclusão 113