Odes Modernas - Cap. 4: CAPÍTULO IV – PATER Pág. 38 / 143

Esse é o Confessor que absolve - e tem

Sempre o perdão consigo e a paz radiante…

Ou nuns lábios bem trémulos de amante,

Ou nuns olhos bem húmidos de mãe.

Homens, olhai - que o seio maternal,

Em se abrindo, é o livro aonde Deus

Escreve, com a luz que vem dos céus,

A eterna Bíblia, a única imortal!

Cada lábio de mãe escreve um salmo

Na fronte do filhinho, em o beijando…

Nem há santo que tenha, radiando,

Uma auréola assim de brilho calmo!

Esses são Padres - porque são os Pais -

Os que do amor nos baptizaram na água…

Os que, inclinados sobre a nossa mágoa,

Bebem em nosso peito os nossos ais.

É tudo que tem voz que se ouça ao longe,

E coração tamanho como a esfera:

A voz do inverno e a voz da primavera…

E a voz do peito humano… o grande monge.





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