Esse é o Confessor que absolve - e tem
Sempre o perdão consigo e a paz radiante…
Ou nuns lábios bem trémulos de amante,
Ou nuns olhos bem húmidos de mãe.
Homens, olhai - que o seio maternal,
Em se abrindo, é o livro aonde Deus
Escreve, com a luz que vem dos céus,
A eterna Bíblia, a única imortal!
Cada lábio de mãe escreve um salmo
Na fronte do filhinho, em o beijando…
Nem há santo que tenha, radiando,
Uma auréola assim de brilho calmo!
Esses são Padres - porque são os Pais -
Os que do amor nos baptizaram na água…
Os que, inclinados sobre a nossa mágoa,
Bebem em nosso peito os nossos ais.
É tudo que tem voz que se ouça ao longe,
E coração tamanho como a esfera:
A voz do inverno e a voz da primavera…
E a voz do peito humano… o grande monge.