E o principezinho, todo atrapalhado, fora buscar um regador de água fresca para servir a flor.

O principezinho a regar a sua flor
Depressa começara portanto a atormentá-lo com a sua vaidade, as suas susceptibilidades e os seus caprichos. Um belo dia, por exemplo, estando a conversar com o principezinho acerca dos seus quatro espinhos, disse:
- Se os tigres, com aquelas garras, pensam que me metem medo ... Cá os espero!

Os tigres não me metem medo
- Mas no meu planeta não há tigres! - objectara o principezinho. - E, aliás, os tigres não comem erva...
- Eu não sou erva - respondera a flor, com uma voz meiguinha.
- Desculpe...
- De facto, dos tigres não tenho medo nenhum. Mas das correntes de ar... Por acaso não tem por aí um biombo?
"Já é azar, para uma planta, ter medo das correntes de ar", pensara o principezinho. "Mas que flor tão complicada!"

à noite, protegida por uma redoma
- À noite, quero que me cubra com uma redoma. É que faz tanto frio aqui... Há tão poucas comodidades ... Lá de onde eu venho."