metros de espessura, representando formações, noutros locais com centenas ou milhares de metros de espessura, e cuja acumulação tem de ter exigido um enorme período; todavia, ninguém que ignore este facto suspeitaria do vasto intervalo de tempo representado pela formação mais fina. Poder-se-ia apresentar muitos casos em que as camadas inferiores de uma formação sofrem elevação, erosão, submersão e recobrimento pelas camadas superiores da mesma formação - factos que mostram que na sua acumulação ocorreram intervalos tão amplos e porém facilmente ignorados. Noutros casos, temos, nas grandes árvores fossilizadas, ainda na sua postura vertical como quando cresciam, os indícios mais evidentes de muitos intervalos de tempo longos e mudanças de nível durante o processo de deposição, de que tão-pouco alguma vez se suspeitaria, não tivessem sido as árvores por acaso preservadas: assim, os senhores Lyell e Dawson descobriram camadas carboníferas com 425 metros de espessura na Nova Escócia, com antigos estratos radicíferos, um sobre o outro, a não menos do que 68 níveis diferentes. Por esta razão, quando as mesmas espécies ocorrem no fundo, meio e topo de uma formação, é provável que não tenham vivido no mesmo local durante todo o período de deposição, mas que tenham desaparecido e reaparecido, talvez muitas vezes, durante o mesmo período geológico. Pelo que se tal espécie sofresse uma quantidade considerável de modificação durante qualquer período geológico, provavelmente uma secção não incluiria todas as subtis gradações intermédias que, segundo a minha teoria, têm de ter existido entre elas, mas sim mudanças de forma abruptas, ainda que talvez muito ligeiras.
É da maior importância relembrar que os naturalistas não têm qualquer regra de